Cenário nacional e expansão de lojas online
A expansão do e-commerce no país bateu um importante recorde em 2020, totalizando mais de 1,3 milhão de lojas online, com um ritmo de crescimento de 40,7% ao ano. Reflexo direto da pandemia de Covid-19 e da necessidade de digitalização das empresas.
O e-commerce já é responsável por 8,48% do total de sites na internet brasileira e essa fatia não passava de 2,65% há cinco anos.
Tendência da compra Online x Offline
Impulsionado pela pandemia existente, foi observado um novo comportamento entre os consumidores brasileiros, percebendo que em sua jornada de compra está ocorrendo em multicanais de vendas.
Em pesquisa realizada pela Social Miner, em parceria com a Opinion Box é possível detectar a proximidade entre online e offline daqui pra frente, em pesquisa realizada: 52% afirmaram que pretendem comprar online e 52% esperam poder comprar online e retirar em lojas físicas.
Ainda de acordo com a pesquisa, 14% disseram que pretendem comprar apenas online em 2021, 38% devem comprar só em lojas físicas e 49% querem mesclar as compras entre online e offline, número bem superior ao de compras híbridas em 2019, que ficou em 29%.
Quebrando barreiras e novo comportamento de compra.
Quanto aos canais de compras, muitas barreiras do online foram rompidas nos últimos meses, tanto que 50% dos consumidores disseram ter comprado pela internet alguns produtos que nunca tinham comprado antes por meio deste canal, e para 73% comprar online se mostrou muito mais prático.
Dentre os que querem mesclar as compras entre online e offline, 68% disseram que boas ofertas e promoções os levariam a dar preferência para comprar online. Já 59% dos que consumiram em e-commerce durante a pandemia, o fizeram em lojas nas quais já haviam comprado no ambiente físico.
“As pessoas querem poder decidir onde vão comprar, se vão começar a jornada em um canal e terminar em outro — compra online e retira na loja —, porque a tendência é que o consumidor não se importe muito com qual é o canal. O e-commerce e as lojas físicas não serão únicos, só farão parte da multicanalidade“, conclui o CEO da Social Miner.
Já em uma matéria publica na revista Istoé Dinheiro, o presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, afirma:
“O que essa pandemia está fazendo é aumentar a penetração do e-commerce em setores nos quais ele quase não existia, como o varejo de materiais de construção e de supermercados”, afirma.
Eduardo Terra explica que a penetração do e-commerce é de 4,5% no Brasil e pode chegar a 8% em dois ou três anos.
“Por causa do coronavírus, devemos antecipar essa previsão para este ano.”
Outra consequência é o aumento do número de lojas que investem em canais de vendas, segundo análise do superintendente da Anamaco, Waldir Abreu:
“Quem sobreviver terá uma relação mais ativa com o cliente, vai investir em outros canais de venda para não ficar esperando a pessoa entrar na loja”, diz.